quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Não seja um estepe emocional


Mariana Zappa
Oct 28, 2016 · 3 min read
(se ame um pouco mais)
Já faz umas semanas que essa expressão veio na minha cabeça, no meio de uma sessão de terapia.
E desde então nenhuma outra palavra tem se encaixado tão bem na maneira como eu me senti e às vezes ainda me sinto nessa vida.
Um Estepe Emocional
Um PNEUZÃO RESERVA.

10 anos de análise e uma lua em libra me tornaram uma ótima ouvinte dos problemas alheios. E olha, realmente gosto de ajudar as pessoas e de chegar junto com elas em soluções. Mas de uns tempos pra cá eu percebi que muitas dessas trocas eram uma via de mão única.
E quando eu consegui olhar pra dentro de mim eu tinha gastado tempo de mais da minha vida com os problemas dos outros. Me desgastei muito tentando ser um suporte emocional pra depois ser descartada. Amigos, (pseudo) relacionamentos amorosos, familiares, colegas de trabalho, e por ai vai. Relacionamentos doentios estão por toda parte.
É mais uma vez aquela história da empatia.
Enxergar no outro não um suporte, uma escada, mas um barco. (Um barco?)
Relacionamentos, independente da natureza deles, são como barcos a remo. Se você rema só pra esquerda ou só pra direita o barco anda em círculos.
(Sim, eu adoro essas metáforas meio cafonas, rs)
As pessoas podem (e vão) te usar pra esquecer problemas, doenças, outras pessoas. E muitas vezes a resposta vai estar dentro delas! Você pode tentar auxiliar os outros nesse processo, mas se responsabilizar por isso só atrapalha. Não vai resolver o problema, não vai ajudar quem está do seu lado e muito menos te ajudar.
Principalmente quando o fluxo de empatia não volta na sua direção.
Sabe, por algum tempo da minha vida eu achava que esperava de mais dos outros, mas descobri que não era isso.
Eu só esperava que fizessem por mim o mesmo que eu fazia por eles. Não é pedir de mais né?
“Ah, mas fulano não entende esse meu problema?” Ele não precisa entender o seu problema, mas precisa perceber que ele existe e que você precisa de uma algum suporte também.
Se não, FODA-SE FULANO.
Exemplo prático:
Lembro até hoje de uma situação que aconteceu comigo: no ensino médio, enquanto eu me fazia de analista pra uma amiga que sofria horrores com um namorado abusivo, eu estava atravessando um processo de distúrbio alimentar. E enquanto isso meus ossos saltados quase gritavam por ajuda e ninguém me perguntou se tava tudo bem comigo.
Hoje eu escolhi meter o pé dessas relações, de boy lixo(foram muitos), de amigo sangue suga, de parente que só quer saber de você pra festa de família.
E saí pra comer pão de queijo, porque pão de queijo é melhor que muita gente.
Segue abaixo uma foto de comida motivacional:
Publicado originalmente em 20 e poucos

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