quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O “batismo” do sinal pessoal faz parte da Cultura Surda

Publicado: Quinta, 26 de Março de 2015, 09h20 | Última atualização em Quinta, 26 de Março de 2015, 09h20
Todas as pessoas podem ter seu sinal em Libras. O ato de “dar um sinal” a uma pessoa recebe o nome de batismo. Uma pessoa possuidora de um sinal próprio, sempre que for apresentada a um surdo, soletrará seu nome através da datilologia, ou seja, soletrar cada letra do seu nome por meio do alfabeto manual e em seguida apresentará o seu sinal pessoal.
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Este sinal deve ser criado e é dado por um surdo, sendo antiético ser batizado por um ouvinte, pois o batismo faz parte da Cultura Surda. O surdo, após observar as características da pessoa e conversar com ela, irá atribuir o sinal de identificação pessoal, não podendo mais ser alterado.
Este sinal é usado como uma forma mais prática e visual de identificação das pessoas dentro da comunidade surda e ouvintes na sociedade.
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O sinal é atribuído a partir da observação de três aspectos principais:
  • Característica física;
  • Comportamento marcante, manias;
  • Apelido.
Respeitando a Comunidade e Cultura Surda, a professora de Libras, Izabela Alves, do Instituto Federal de São Paulo – Campus Caraguatatuba, convidou as surdas Flora Prado e Thaís Monteiro, ambas da região, para fazerem as Sinalizações Pessoais dos alunos dos Cursos Superiores de Licenciatura em Matemática, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia em Processos Gerenciais.
Foram feitos alguns registros fotográficos desse grande encontro cultural:
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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Teste: você está com depressão?

Um questionário com dez perguntas ajuda a detectar sinais desse problema, que vai além da tristeza profunda


Como identificar a depressão

A depressão é uma doença que afeta o humor, gerando tristeza profunda e persistente, e afetando de forma negativa o modo como as pessoas se sentem, pensam e agem.
Ela causa tanto sintomas psicológicos quanto físicos, que nem sempre são facilmente reconhecidos. Assim, para identificar uma pessoa com depressão, segundo as orientações do Manual de Diagnósticos de Transtornos Mentais (DSM V), é necessário observar os seguintes sinais e sintomas:
  • Humor deprimido, e/ou
  • Perda de interesse ou prazer para as atividades do dia-a-dia, que são persistentes e surgem em todos ou quase todos os dias.
Além disso, a pessoa deve apresentar pelo menos 3 ou 4 de outros possíveis sintomas, como:
  • Perda ou ganho de peso acentuado sem estar em dieta;
  • Aumento ou diminuição de apetite;
  • Insônia ou excesso de sono;
  • Agitação ou lentificação;
  • Fadiga e perda de energia;
  • Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada;
  • Indecisão ou capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se;
  • Pensamentos de morte recorrentes, vontade de morrer, assim como tentativa ou planejamento de suicídio.
Como identificar a depressão
Na depressão, estes sintomas devem estar presentes nas últimas 2 semanas, e não devem ser justificados por outras causas, como outras síndromes psiquiátricas, como esquizofrenia ou transtorno bipolar, por exemplo, ou por efeito de doenças físicas. Para saber reconhecer melhor os sinais de uma pessoa deprimida confira os sintomas de depressão.
Assim, caso haja suspeita desta doença, a melhor forma de confirmá-la é consultando-se com o clínico geral ou psiquiatra, para que seja feita uma avaliação minuciosa que poderá confirmar a depressão e orientar um tratamento adequado, que inclui o uso de antidepressivos e a realização de sessões de psicoterapia.

Como reconhecer a depressão em diferentes fases da vida

1. Depressão na infância

A depressão nas crianças pode ser mais difícil de reconhecer, pois elas nem sempre conseguem demonstrar de forma clara os seus sentimentos. Alguns dos sinais apresentados incluem falta de vontade para brincar, fazer xixi na cama, queixas frequentes de cansaço, agressividade ou dificuldades no aprendizado, por exemplo.
Caso haja sintomas de tristeza ou alterações no comportamento na criança, é importante que haja uma avaliação do pediatra, psicólogo ou psiquiatra infantil, que poderão avaliar de forma mais específica o quadro clínico, e confirmar se há realmente depressão ou outro tipo alteração, como ansiedade ou hiperatividade, por exemplo. Confira as orientações da pediatra para identificar os sintomas e o que fazer se há suspeita de depressão infantil

2. Depressão na adolescência

Alterações do comportamento e do humor são comuns na adolescência, pois é uma fase de importantes alterações hormonais, além de ser um período em que começam a surgir maiores cobranças e dúvidas. Entretanto, é importante saber reconhecer sinais que podem indicar depressão, pois esta situação pode trazer consequências graves para a vida do adolescente, como como abuso de drogas, de álcool e, até, suicídio.
Alguns sinais que indicam a depressão nesta fase podem ser tristeza, irritabilidade constante, falhas de memória, falta de auto-estima e sentimento de inutilidade, entretanto é muito importante a avaliação médica para confirmar as causas destes sintomas. Entenda melhor sobre os sintomas de depressão na adolescência e o que fazer em caso de suspeita.
Como identificar a depressão

3. Depressão na gravidez ou pós-parto

A depressão na gravidez ou no pós-parto podem surgir em pessoas predispostas a esta doença, já que é um período de muitas cobranças, dúvidas e incertezas. 
Também é importante lembrar que as variações de humor neste período são normais, que resultam de alterações dos níveis hormonais que a mulher apresenta. Porém, se o humor deprimido é persistente e dura por mais de 2 semanas, a mulher deve conversar com seu obstetra, psicólogo ou psiquiatra para avaliar a situação e verificar se pode estar com depressão. 
Entenda mais sobre o que causa, como identificar e as consequências a depressão na gravidez e a depressão pós parto, com as orientações da obstetra.

4. Depressão no idoso

A depressão no idosos também podem apresentar sinais mais difíceis de reconhecer, pois muitas pessoas podem achar que a apatia ou a falta de vontade para realizar atividades são "comuns da idade", o que não é verdade. 
Sempre que o idoso apresentar alterações do comportamento ou do humor, é indicado que haja uma consulta com o geriatra, psiquiatra ou neurologista, pois eles podem não só indicar depressão, mas também podem ser sinais de outras doenças perigosas, como demência, hipotireoidismo ou Parkinson, por exemplo. 
Além disso, a depressão deve ser tratada assim que identificada, pois pode trazer consequências graves à saúde do idoso, como perda da autonomia para realizar atividades, alterações da memória, isolamento social, além de favorecer a piora de doenças. Para tratar a depressão do idoso, o médico poderá indicar uso de medicamentos antidepressivos, como Citalopram, Sertralina ou Nortriptilina, por exemplo, assim como a realização de psicoterapia.
A família também tem papel fundamental para ajudar na estimulação do bem estar do idoso, fazendo companhia, propondo atividades de interação social e incentivo à atividade física, fatores importantes para prevenir e tratar a depressão. Confira quais são os benefícios de praticar atividade física na terceira idade.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Malhação no sofá: confira exercícios que você pode fazer até mesmo vendo TV

Coloque os braços para cima para dar uma alongada e afastar a preguiça, preparando o corpo para o movimento. Dez ou 20 segundos dão conta do recado. Este exercício alonga glúteos e a região lombar. Cruze uma perna por cima da outra e depois repita o mesmo com a outra perna, por 20 segundos cada. Esta posição serve para o alongamento da parte posterior das pernas. Estenda a perna em cima do sofá e tente alcançar a ponta do pé, mantendo a posição por 20 segundos. Repita com a outra perna. Pegue uma das almofadas do sofá e coloque-a entre os joelhos. Abra e feche as pernas fazendo força para exercitar a musculatura interna das coxas. Com os joelhos dobrados, agache-se até quase sentar. Volte devagar à posição original. Faça de 10 a 20 repetições, conforme seu condicionamento. Aproveite aqueles 20 segundos protocolares de intervalo entre um episódio e outro na Netflix e vire-se de costas para a TV para fazer o apoio. Tente 10 repetições para fortalecer os braços, copiando a posição das fotos acima.
Quem resiste a uma boa maratona de seriados ou filmes? Porém, ficar sentado na frente da TV por horas seguidas nem sempre é muito saudável. O corpo pede uma mexidinha, certo? Pensando nisso, convidamos a personal trainer Márcia Refinsky a desenvolver uma breve série de atividades para fazer sentada ou apoiada no sofá.
– O primeiro passo é evitar aquela postura errada, “jogado” no sofá, todo torto, assistindo TV – ensina a profissional.
Spoiler: em determinado momento, você será convidado a se levantar para mexer um pouco o corpinho, ok? Mas tudo sem tirar o olho da TV, exceto na finaleira. Depois do alongamento, cada exercício pode ser feito em 3 séries de 20 segundos, o que é recomendado para quem está mais avançado ou acostumado a se exercitar sempre. Quem está sedentário pode fazer 20 segundos e aumentar conforme a resistência adquirida.
ALONGAMENTO: Para fazer antes e depois da série

Como malhar em casa? 4 exercícios para fazer com uma vassoura

Para os que pensam que exercícios só podem ser feitos na academia, a professora de educação física, Juliana Diehlmostra que isso é mito e que para não fugir da rotina de exercícios, podemos usar várias coisas, até mesmo uma vassoura.
A personal trainer montou uma série de 4 exercícios para você iniciar a sua rotina fitness em casa:
  • Agachamento Terra – 3 séries de 15
  • Afundo – 3 séries de 15 com cada perna
  • Rotação de tronco – 3 séries de 15
  • Agachamento com elevação frontal de ombros – 3 séries de 15
Confira no vídeo:
Mais dicas de exercícios em casa:

Quer malhar em casa? 6 exercícios para fazer com uma cadeira

Buscando inspiração para malhar? A professora Juliana Diehl preparou uma série de exercícios que você pode fazer em casa, usando apenas uma cadeira.
A personal trainer montou uma série de 6 exercícios para você iniciar a sua rotina fitness em casa:
  • Abdômen obliquo na cadeira – 3 séries de 15
  • Elevação pélvica unilateral - 3 séries de 15
  • Tríceps Banco – 3 séries de 15 a 20 repetições
  • Afundo com o pé na cadeira - 3 séries de 15 para cada perna
  • Flexão de braços – 3 séries de 15
  • Subida alternada de pernas - 3 séries de 15 para cada perna
  • Gostou da dica? Então vem ver as dicas para malhar em casa usando apenas uma vassoura!

DEPRESSÃO E EMAGRECIMENTO

Grande parcela da população que quer emagrecer apresenta um determinado grau de depressão. Isso comprova a tendência dos estudos que aponta seu crescimento, sendo apontada como uma das mais presentes na vida das pessoas.
Resultado de imagem para depressão e perda de pesoDepressão é genética e se traduz por uma queda da energia tanto do sistema nervoso quanto do corpo em geral. Seus sintomas principais se caracterizam por alteração no humor, deixando-o triste ou irritável. Há perda significativa na capacidade de perceber o prazer naquilo que faz ou quer fazer, altera o sono, a pessoa fica chorosa, irritadiça e com pouca tolerância à situações emocionais. Há mal estar físico, diminuição do limiar de dores em geral, insegurança, falta de concentração etc. Pode haver alterações nas quantidades de neurotransmissores. Freqüentemente está associada a estresse crônico.
Quem está com depressão tem muita dificuldade para emagrecer. Daí vermos que praticamente em todas as fórmulas para emagrecer existe um antidepressivo. No processo de emagrecimento, momento em que se necessita muita concentração no objetivo, a depressão precisa ser detectada e abordada de forma adequada, para que se tenha sucesso.
Nesse momento, o médico é importante, para trazer à tona os problemas que a pessoa está passando e perceber se há uma situação depressiva a ser resolvida, se há estresse concomitante e principalmente estresse crônico.
O deprimido tem o foco voltado para si mesmo, fica a maior parte do tempo cabisbaixo, o que piora a situação. Nos maiores momentos da crise ele se isola e não aceita ajuda de ninguém, pois acha que sua situação não tem jeito. Impera o desânimo e o pessimismo.
O médico saberá avaliar o deprimido e apresentar soluções cabíveis para cada caso. Se há necessidade de medicamento ou não, de psicoterapia simultânea. A depressão é uma doença que pode e deve ser tratada corretamente, evitando sua evolução e diminuindo a duração das crises.
A pessoa deprimida quer emagrecer, mas acha que não consegue. Diz que é muito difícil, que dói o corpo ao fazer exercícios físicos, que não tem tempo etc. Para essas pessoas, o melhor é orientá-las a fazer do emagrecimento uma aventura alegre e feliz, a sair de suas rotinas nos mínimos detalhes como, por exemplo, comer em lugares diferentes, mesmo na sua mesa, a andar por ruas diferentes, conversar com mais pessoas, fazer atividades relaxantes que gostam, distrair e concentrar no seu objetivo.
As mulheres têm maior dificuldade de se concentrar no objetivo do que os homens. Essa é mais uma das razões que os homens emagrecem mais rápido que elas, além da parte muscular ser maior. Enfim, para emagrecer, além da vontade de atingir o objetivo, é necessário detectar e tratar a depressão.

Sinais de que você pode estar com depressão

Doença, que atinge cerca de 10% dos brasileiros, é caracterizada por conjunto de sintomas que vão desde tristeza duradoura até problemas para dormir


A depressão afeta 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é mais prevalente entre mulheres. No Brasil, cerca de uma em cada dez pessoas sofre com o problema. Embora seja uma doença comum, a moléstia carrega estigmas que dificultam seu diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento adequado.
O primeiro deles está no fato de a depressão ser um transtorno mental. “Percebemos que o preconceito com as doenças mentais faz com que muitos pacientes, principalmente os homens, demorem a aceitar que têm o problema e a procurar um médico, atrasando o tratamento”, diz Rodrigo Martins Leite, psiquiatra e coordenador dos ambulatórios do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.
Limite – Além do preconceito com os transtornos mentais, a dificuldade de interpretar os sintomas faz com que uma pessoa demore a procurar ajuda. Os sinais podem ser confundidos com sentimentos naturais do ser humano, como tristeza, indiferença e desânimo. Esses sentimentos passam a configurar um quadro de depressão clínica quando a variação do humor começa a afetar negativamente vários aspectos da vida do paciente – da produtividade no trabalho e nos estudos às relações com outros indivíduos, passando pela qualidade do sono e a disposição física para realizar as atividades do dia a dia.
“Muitas vezes é difícil diferenciar a tristeza comum da depressão. O humor das pessoas nunca é constante, sempre vai existir uma variação. Uma situação negativa pode desencadear tristeza, luto. Isso é diferente da depressão clínica, que é uma síndrome que vem acompanhada por outros sintomas”, explica Mara Fonseca Maranhão, psiquiatra da Unifesp e do Hospital Albert Einstein.
Definição – Os critérios atuais para diagnóstico da depressão – estipulados por entidades médicas como a OMS e a Associação Americana de Psiquiatria – determinam que, para ser detectada com a doença, uma pessoa deve apresentar ao menos cinco sintomas do transtorno. Entre eles, um deve ser obrigatoriamente o humor deprimido (tristeza, desânimo e pensamentos negativos) ou a perda de interesse por coisas que antes eram prazerosas ao paciente. Os outros sintomas podem incluir alterações no sono, no apetite ou no peso, cansaço e falta de concentração, por exemplo.
Segundo o psiquiatra Rodrigo Leite, os critérios dizem que esse conjunto de sintomas deve ser apresentado pelo paciente na maior parte do dia, todos os dias e durante pelo menos duas semanas para que seja considerado como sinais de depressão. Por isso, estar atento a sintomas como esses – e a duração deles – é importante para que uma pessoa procure um médico e saiba se precisa ser submetida a um tratamento.
Doença do corpo – As causas exatas que levam à depressão ainda não são completamente conhecidas. “Sabe-se que situações como problemas financeiros ou conjugais, desemprego e perda de um ente querido alteram estruturas cerebrais que são sensíveis a hormônios relacionados ao stress, especialmente ao cortisol. Com isso, há um desequilíbrio no cérebro que desencadeia os sintomas depressivos”, explica Leite.
Apesar disso, a depressão não é uma doença apenas do cérebro – e levar esse fato em consideração é essencial para o sucesso do tratamento. “As pessoas precisam saber que, diferentemente do que se pensava antes, a depressão não afeta apenas o cérebro, e o tratamento não depende exclusivamente de antidepressivos. Hoje, sabemos que essa é uma doença de todo o organismo”, diz Rodrigo Leite.
De acordo com o psiquiatra, cada vez mais a ciência mostra que a doença está relacionada a problemas como baixa imunidade, alterações dos batimentos cardíacos e acúmulo de placas de gordura no sangue. Ou seja, a depressão é também um fator de risco a doenças como as cardíacas, incluindo infarto e aterosclerose. “Ainda não está claro de que forma a depressão leva a essas condições, mas sabemos que a relação existe”, diz Leite.
Por esse motivo, o tratamento da depressão não deve incluir apenas antidepressivos. “Pessoas com depressão também precisam evitar hábitos como sedentarismo, tabagismo e má alimentação, que predispõem mais ainda uma pessoa a doenças cardiovasculares. Os pacientes devem saber que mudar esses hábitos é tão importante no tratamento quando os medicamentos.”
Os psiquiatras alertam que as pessoas, assim que notarem que apresentam sintomas depressivos – e que eles são duradouros -, devem consultar um médico. “O tratamento contra a depressão com antidepressivos, psicoterapia e mudanças de estilo de vida é eficaz, principalmente se for iniciado precocemente”, diz Mara Maranhão.