terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Gelo ameniza inchaço de lesões, mas pode atrasar a recuperação muscular

Muito utilizado, método vem sendo questionado por impedir a atuação das células inflamatórias, que promovem a recuperação dos tecidos lesionados



gelo é amplamente utilizado em lesões e dores musculares. Porém, recentemente, descobertas começaram a questionar se ele realmente faz bem. 
Como alguns assuntos são praticamente tabus, e falar “mal” de certos métodos gera bastante ceticismo (como quando começamos a dizer que o alongamento antes da corrida não previne lesão), não vou usar minhas palavras e, sim, as do Dr. Gabe Mirkin. Em 1978, ele foi o primeiro a dizer que gelo era bom. Em uma tradução livre de seu blog: 

Por que o gelo atrasa a recuperação

Quando eu escrevi meu best-seller Sportsmedicine Book em 1978, eu criei o termo RICE (Repouso, Gelo, Compressão, Elevação) para o tratamento de lesões do esporte. O gelo tem sido usado para tratamento de lesões e dores musculares, pois ele auxilia no alívio da dor. Treinadores têm usado o RICE por décadas, mas agora parece que gelo e repouso absoluto podem atrasar a recuperação ao invés de ajudar. 
Em um estudo recente foi pedido a atletas que se exercitassem tão intensamente a ponto de desenvolverem lesões musculares severas que causaram grande dor muscular. Embora o gelo tenha atrasado o inchaço ele não antecipou a recuperação muscular (The American Journal os Sports Medicine, Junho 2013). Um resumo de 22 artigos científicos não encontrou praticamente nenhuma evidência de que gelo e compressão aceleraram a recuperação em comparação ao uso isolado da compressão, embora o gelo aliado a exercício possa ter ajudado marginalmente na recuperação de entorses de tornozelo

A cura necessita da inflamação

Quando você sofre uma lesão ou tem uma dor muscular devido a exercício intenso, o corpo se cura usando sua imunidade, em um processo chamado inflamação. O sistema imune envia células inflamatórias para o tecido lesionado para promover sua recuperação. Células inflamatórias chamadas macrófagos liberam uma substância denominada IGF-1 no tecido lesionado, o qual auxilia na recuperação muscular e de outras estruturas com lesão. Entretanto, a aplicação de gelo atrasa o processo de recuperação dificultando a liberação do IGF-1.


Gelo pode retardar o inchaço, mas não acelera a recuperação muscular (Foto: Eduardo Dias)
O gelo dificulta a entrada de células curativas na lesão

Gelo na região machucada causa constrição dos vasos e desligamento do fluxo sanguíneo que traz células inflamatórias curativas para a lesão (Knee Surg Sports Traumatol Arthosc, Fev 2014). Os vasos sanguíneos não se abrem novamente por várias horas após a aplicação do gelo. Essa diminuição do fluxo sanguíneo pode levar à morte tecidual e danos nervosos.  
Gelo pode retardar o inchaço, mas não acelera a recuperação muscular (Foto: Eduardo Dias)


Gelo também reduz força, velocidade, resistência e coordenação

O gelo é frequentemente usado como um tratamento rápido para ajudar o atleta a retornar a uma partida ou disputa. O resfriamento pode ajudar a diminuir a dor, porém ele interfere na força, velocidade, resistência e coordenação do atleta (Sports Med, Novembro 2011). Nessa revisão científica encontraram 35 estudos sobre o resfriamento. A maioria aplicou essa técnica por mais de 20 minutos e reportou que imediatamente após o resfriamento houve uma diminuição da força, velocidade, potência e agilidade da corrida. Um período de aquecimento recuperou essa diminuição. Os autores recomendaram, portanto, que se o resfriamento precisa ser feito para diminuir o inchaço ele deve ser aplicado por menos de 5 minutos e seguido de um período de aquecimento antes do retorno à atividade.  



Recomendações

Se você se machucar, como em uma entorse de tornozelo, pare de se exercitar imediatamente. Se possível eleve a parte lesionada usando a gravidade para prevenir o inchaço. Uma pessoa experiente em tratamento de lesões em atletas deve determinar se há alguma fratura e se você pode se movimentar. Se a lesão é limitada a músculos ou outros tecidos moles, um profissional da saúde pode aplicar uma bandagem compressiva. Como o gelo diminui a dor, é aceitável utilizá-lo por um curto período imediatamente após a lesão. Coloque-o por 10 minutos, fique sem por 20 minutos e repita a aplicação de 10 minutos por mais uma ou duas vezes. 

Não há razão para o uso do gelo mais de seis horas após você ter se machucado.  

Se a lesão for grave, siga as recomendações médicas em relação à reabilitação. Se for leve, você normalmente pode começar a recuperação no dia seguinte. Você pode mover e utilizar a parte lesionada desde que o movimento não piore a dor e o desconforto. Volte para suas atividades físicas assim que estiver sem dor.”  

Texto original: http://drmirkin.com/fitness/why-ice-delays-recovery.html


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

2º Parte Como Recuperar a Força nas Mãos Depois de um AVC


Experimentando medicamentos


1
Tome entre 40 e 80 mg de baclofeno todo dia. Esse remédio age no sistema nervoso central, bloqueando os impulsos dos nervos no cérebro que fazem os músculos se contraírem. Ele relaxa os músculos, diminuindo os espasmos, estancamentos e dores, e melhora a amplitude de movimento. Para adultos, a dose indicada de baclofeno é de 40 a 80 mg por dia, divididas em 4 doses.
·         Um remédio similar ao baclofeno é o dantrium. A dose recomendada é de 25 mg para um máximo de 100 mg três vezes ao dia.



2
Tente 8 mg de Zanaflex a cada seis ou oito horas. Esse remédio também bloqueia os impulsos nervosos no cérebro que fazem os músculos se contraírem. A dose ideal no começo é de 4 mg a cada seis a oito horas. A manutenção da dose é 8 mg a cada seis a oito horas.
·         Entretanto, a eficácia do remédio dura apenas por um curto período de tempo, então é aconselhável usá-lo quando precisar de alívio de algum desconforto, e para poder realizar algumas atividades.








3
Considere tomar benzodiazepinas, como Vaium e Klonopin. Esse tipo de remédio atua no sistema nervoso central, relaxando os músculos e diminuindo a espasticidade por um curto período de tempo.
·         A dosagem oral varia, pois benzodiazepinas veem com muitos nomes genéricos (em outras palavras, existem nomes diferentes da mesma droga). Consulte seu médico para uma prescrição apropriada.



4
Experimente injeções de Botox para reduzir a espasticidade. Uma injeção de botoques une-se às terminações nervosas e bloqueia a liberação de transmissores químicos com sinais para o cérebro ativar a contração muscular. Essencialmente, o remédio prevê o espasmo muscular.
·         A dosagem máxima de Botox é menos de 500 unidades por visita. Botox só é dado através de injeção nos músculos afetados.



5
Como alternativa, considere uma injeção de fenol. Fenol destrói as conduções nervosas que causam espasticidade. É dado por injeção diretamente nos músculos afetados ou na espinha. A dosagem pode variar de acordo com o fabricante.
·         Consulte seu médico sobre fazer isso ou não. Injeções de fenol não são adequadas para todos os pacientes.



6
Converse com o seu médico sobre terapia com simulação elétrica. Essa terapia é uma forma de simular os nervos afetados no cérebro para fazer os músculos se contraírem. Terapia de simulação elétrica ajuda a recuperar os movimentos e controle das mãos e braços, melhora a tonificação muscular e diminui a dor que os pacientes sofrem. Ela também aumenta a corrente sanguínea para o cérebro, para acelerar o processo de cura e diminuir o inchaço, melhora o fluxo de medicamento na pele e reduz a espasticidade muscular.
·         Mais uma vez, essa terapia não é para todo mundo. Seu médico saberá melhor se esse tratamento é apropriado ou não para você.



7
Consulte um fisioterapeuta para começar com a terapia muscular. Existem dois tipos de reabilitação muscular que você pode considerar:
·         Terapia por Contenção Induzida. Para melhorar a habilidade do cérebro de consertar a si mesmo e para recuperar a função da mão, essa terapia é frequentemente utilizada. O braço não afetado é contido usando um dispositivo que permite, o quanto for possível, o uso do braço afetado em atividades.
·         Terapia Ocupacional. O terapeuta ocupacional ajuda o paciente a reaprender as atividades diárias que ele fazia antes do AVC. A recuperação será acelerada enquanto você aprende a viver com as inabilidades. O terapeuta o ajudará a arrumar a casa para facilitar e tornar os movimentos dentro dela mais seguros.



8
Trabalhe com uma equipe de reabilitação de AVC para determinar que tratamento é melhor para você. Recuperar as forças dos braços não significa acomodar-se somente numa medicação ou tratamento. Durante a reabilitação, você e uma equipe trabalharão juntos para determinar que medicações funcionam bem e melhoram a rigidez na sua mão depois do AVC.
·         Remédios não são a cura do AVC – Eles apenas aliviam os sintomas de espasticidade que deixam um músculo muito estreito. Espasticidade de um músculo pode causar dor, anormalidade na postura e movimentos desconfortáveis. As mãos podem começar a recuperar sua força normal e amplitude de movimento se as medicações dadas ao paciente aliviam a espasticidade.


Fatos e Números AVC


Pergunta:É verdade que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é responsável por mais de 6 milhões de mortes todos os anos?
Resposta:Sim. Segundo a Organização Mundial da Saúde e outros experts em AVC, o AVC mata 6,2 milhões de pessoas no mundo a cada ano.
Estima-se que 17,3 milhões de pessoas morreram de doenças cardiovasculares em 2008, representando 30% de todas as mortes no mundo. Dessas mortes, estima-se que 7,3 milhões foram devido a doenças coronárias e 6,2 milhões foram devido ao AVC.
Fonte:
  • Global status report on noncommunicable diseases 2010. Geneva, World Health Organization, 2011.
  • Global atlas on cardiovascular disease prevention and control. Geneva, World Health Organization, 2011.
  • WHO Cardiovascular Diseases Fact Sheet No. 317. Updated March 2013 http/www.who.int/mediacentre/factsheets/fs317/en/
  • WHO (2005). Preventing chronic diseases: a vital investment: Geneva. World Health Organization
  • Truelsen, T., Heuschmann, P.U., Bonita, R. et. al., (2007). Standard method for developing stroke registers in low-income and middle income countries: experiences from a feasibility study of a stepwise approach to stroke surveillance (STEPS Stroke). The Lancet Neurology, 6, 134-139.
Pergunta:É verdade que o AVC mata mais pessoas a cada ano do que a AIDS, tuberculose e malária juntos?
Resposta:Sim. (1) Em 2008, as mortes relacionadas com a AIDS atingiram 2,0 milhões (1.7 a 2.4 milhões); (2) 1,8 milhões de pessoas morreram de tuberculose em 2008, incluindo 500 mil pessoas com HIV; (3) houve 247 milhões de casos de malária em 2006, causando aproximadamente um milhão de mortes, principalmente entre crianças africanas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde e outros experts em AVC, o AVC mata 6,2 milhões de pessoas no mundo a cada ano.
Fonte:
  • Global status report on noncommunicable diseases 2010. Geneva, World Health Organization, 2011.
  • Global atlas on cardiovascular disease prevention and control. Geneva, World Health Oganization, 2011.
  • WHO Cardiovascular Diseases Fact Sheet No. 317. Updated March 2013 http/www.who.int/mediacentre/factsheets/fs317/en/
  • 2009 AIDS Epidemic Update. Geneva: UNAIDS/WHO.
  • World Health Organization, Malaria Fact Sheet No. 94, Updated January 2009, http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs094/en/index.html
  • WHO/Stop TB Partnership. 2009 Update. Tuberculosis Facts. 
Pergunta:É verdade que o AVC também afeta crianças?
Resposta:Sim. O AVC também afeta crianças, incluindo recém-nascidos. Visite os site de associações membros da WSO para mais informações:
Fonte: 
 Pergunta:É verdade que a maioria dos AVCs não causam dor?
Resposta:Sim. A maioria dos AVCs não causam dor. Oitenta por cento dos AVCs são isquêmicos, causados ​​por um coágulo de sangue que obstrui uma artéria do cérebro e, geralmente, não causam dor. O AVC interrompe o oxigênio para uma parte do cérebro e, por isso, as células do cérebro começam a morrer, mas isso geralmente não é doloroso. Não ignore os sintomas porque eles não causam dor. Apenas 20% dos AVCs são causados ​​por sangramento dentro do cérebro, e este tipo de AVC geralmente é muito doloroso.
Fonte:
Pergunta:É verdade que no mundo, a cada 10 segundos morre 1 pessoa por AVC?
Resposta:Sim. Em todo o mundo estima-se que a cada 60 segundos 6 pessoas morrem de AVC.
Fonte:
  • World Health Report 2007. Geneva: World Health Organization.
  • International Cardiovascular Disease Statistics (2007 Update). A publication of the American Heart Association.
Pergunta:É verdade que a cada dois segundos, alguém, em algum lugar do mundo está tendo um AVC?
Resposta:Sim. Há uma estimativa de que ocorrem 30 novos AVCs a cada 60 segundos em todo o mundo. A maioria são referidos como AVCs "silenciosos". Estes sãos os tipos mais comuns de AVC. A palavra "silencioso" é um equívoco. Quando as pessoas com AVC "silencioso" são examinadas, elas têm déficits neuropsicológicos e neurológicos sutis. Um artigo do Estudo de Framingham sugere que 1 em cada 10 indivíduos sem AVC prévio vivendo na comunidade, com média de idade de 62 ± 9 anos tem um AVC "silencioso". Se ignorados, pequenos AVCs poderiam significar um grande problema. Um AVC subclínico (“silencioso”) está associado com maior probabilidade de ter outros AVCs e de ter um AVC com sintomas e / ou demência. A combinação de AVC subclínico e Alzheimer subclínico pode ser uma base para a associação de AVC e demência, uma vez que o risco de desenvolver um ou ambos é de 1 em cada 3.
Source:
  • Das RR, Seshadri S, Beiser AS, Kelly-Hayes M, Au R, Himali JJ, Kase CS, Benjamin EJ, Polak JF, O'Donnell CJ, Yoshita M, D'Agostino RB, DeCarli C, Wolf PA. Prevalance and correlates of silent cerebral infarcts in the Framingham Offspring Study. Stroke. 2008;39: In press. Epub ahead of print June 26, 2008. DOI: 10.1161/STROKEAHA.108.516575.
  • Vermeer SE, Longstreth WT Jr, Koudstaal PJ. Silent brain infarcts: a systematic review. Lancet Neurol. 2007; 6: 611–619.[CrossRef][Medline] [Order article via Infotrieve]
  • Yaksuhiji Y, Nishiyama M, Yakushiji S, Hirotsu T, Uchino A, Nakajima J, Eriguch M, Nanri Y, Hara M, Horikawa E, Kuroda Y. Brain microbleeds and global cognitive function in adults without neurological disorder. Stroke. 2008; 39: in press.
  • Shehadri S, Beiser A, Kelly-Hayes M, Kase CS, Au R, Kannel WB, Wolf PA. The lifetime risk of stroke: estimates from the Framingham Study. Stroke. 2006; 37: 345–350.
Pergunta:É verdade que 80% das pessoas que tem um AVC vivem em países de baixo e médio desenvolvimento?
Resposta:Sim. O ônus do AVC afeta desproporcionalmente pessoas que vivem em países com poucos recursos. De 2000 a 2008, as taxas globais de novos AVCs (incidência) em países de baixo e médio desenvolvimento superou as de países de alto desenvolvimento em 20%.
Fonte:
Truelsen, T., Heuschmann, P.U., Bonita, R. et. al., (2007). Standard method for developing stroke registers in low-income and middle income countries: experiences from a feasibility study of a stepwise approach to stroke surveillance (STEPS Stroke). The Lancet Neurology, 6, 134-139.
Pergunta:É verdade que a incidência de AVC está crescendo e que uma carga desproporcional tem sido identificada em países com recursos limitados, onde a consciência da prevenção, cuidados e apoio é menor?
Resposta:Sim Hoje, dois terços de todas as pessoas que sofreram um AVC vivem em países em desenvolvimento, onde os sistemas de saúde já são desafiados ao limite.
Source :
Truelsen, T., Heuschmann, P.U., Bonita, R. et. al., (2007). Standard method for developing stroke registers in low-income and middle income countries: experiences from a feasibility study of a stepwise approach to stroke surveillance (STEPS Stroke). The Lancet Neurology, 6, 134-139.
Pergunta:É verdade que o AVC é a segunda principal causa de morte de pessoas com idade acima de 60 anos?
Resposta:Sim. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é a principal causa de morte em pessoas acima de 60 anos e a quinta principal causa em pessoas com idades entre 15-59.
Fonte:
Mackay, J & Mensah G. (2004). Atlas of Heart Disease and Stroke. Geneva: World Health Organization.
Pergunta:É verdade que a maioria das pessoas não reconhecem os primeiros sintomas do AVC?
Resposta:Sim. Aproximadamente 70% dos pacientes não reconhecem corretamente seu Acidente Isquêmico Transitório (AIT) ou AVC, 30% demoram mais de 24 horas para procurar atendimento médico, independentemente da idade, sexo, classe social ou nível educacional, e aproximadamente 30% dos AVCs recorrentes precoces ocorrem antes do paciente procurar assistência. Sem educação pública mais eficaz de toda a população, o potencial de prevenção aguda não acontecerá.
Fonte:
Chandratheva, A., Lasserson, D.S. et al. (June 2010). Population-Based Study of Behavior Immediately After Transient Ischemic Attack and Minor Stroke in 1000 Consecutive Patients: Lessons for Public Education. Stroke, 41, 1108-1114.
Pergunta:É verdade que a pressão alta é o principal fator de risco para o AVC?
Resposta:Sim. É muito importante você saber se tem fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes ou colesterol alto.
Fonte:
Helsingborg Declaration 2006 on European Stroke Strategies (ed. T. Kjellstrom, B. Norrving, A. Shatchkute). Copenhagen: World Health Organization.
Norrving, B. (2003). Long-term prognosis after lacunar infarction. The Lancet Neurology, 2,(4), 238-245.
Pergunta:É verdade que o AVC é a principal causa de incapacidade em todo o mundo?
Resposta:Sim. O AVC é a principal causa de incapacidade em todo o mundo.
De acordo com a revista The Lancet 28 nov 2009, o AVC é a segunda causa de incapacidade em países de baixo e médio desenvolvimento. A demência é a primeira. Juntos, demência e AVC contam com um terço de toda a incapacidade a longo prazo em todo o mundo. A Atualização da Carga Global de Doenças (2004) da Organização Mundial de Saúde (republicado em 2008) também fornece dados mundiais sobre a incapacidade no AVC (incapacidade moderada a grave).
Fontes Adicionais: Feigin, V.L., Forouzanfar, MH et al. Global and regional burden of stroke during 1990-2010: findings from the Global Burden of Disease Study 2010. The Lancet, Early Online Publication, 24 October 2013. doi:10.1016/S0140-6736(13)61953-4.
Junte-se à campanha "Um em cada seis". Diga a seis outras pessoas para aceitar este desafio e auxiliar a evitar o AVC.

Fatos sobre o AVC


O Acidente Vascular Cerebral (AVC) também conhecido como doença cerebrovascular ou derrame) ocorre quando um vaso sanguíneo que leva sangue e nutrientes para o cérebro para de funcionar: ou ele obstrui por um coágulo ou placa de gordura ou ocorre uma hemorragia. Quando isso acontece, uma parte do cérebro não recebe mais o sangue e oxigêno que necessita e começa a morrer. A extensão e localização do dano cerebral determina a gravidade do AVC, que pode variar de leve a catastrófico. Como diferente áreas do cérebro controlan diferentes funções, os efeitos específicos de um AVC dependem da área cerebral que foi lesada. Um pequeno AVC em uma área crítica do cérebro pode INCAPACITAR permanentemente. Como os neurônios não se regeneram, o dano às células é permanente. Milhões de células cerebrais morrem a cada minuto em um AVC não tratado. A ruptura dos vasos cerebrais causa hemorragia cerebral ou AVC hemorrágico.
Quais são os sinais de alerta do AVC?
  • Dormência súbita ou fraqueza na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo
  • Súbita confusão, dificuldade para falar ou compreender a fala
  • Dificuldade súbita de enxergar em um ou ambos os olhos
  • Súbita dificuldade para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação

Tipos de AVC

Existem dois tipos de AVC causados pelo prejuízo do fluxo sanguíneo para o cérebro, que pode ocorrer de duas formas:
1. Aqueles quando ocorre oclusão da circulação - Acidente Vascular Cerebral isquêmico
2. Quando ocorre a ruptura de um vaso, causando hemorragia cerebral - AVC hemorrágico

Distúrbios após AVC

Os seguintes distúrbios podem ocorrer na sequência de um AVC e afetam a maioria dos pacientes com AVC:

Distúrbios pós AVC

DOR

Os músculos paralisados do ombro não são capazes de ajudar os tendões a manter a extremidade superior do braço na articulação do ombro. Como resultado, o braço se desloca da junta do ombro (cai), o que é muito doloroso e pode ser impedido com a reabilitação da mão e do braço.

DEPRESSÃO

Depressão pós-AVC, como depois de qualquer doença grave, é muito comum, muitas vezes fica sem diagnóstico, reduz a capacidade do paciente para a reabilitação, e prejudica seu / sua qualidade de vida. Além disso, ela não afeta apenas sobreviventes de AVC, mas também os seus familiares mais próximos e seus cuidadores. Para muitos dos pacientes, seus cônjuges e seus filhos, a depressão causa uma grande e prolongada carga.

DECLÍNIO COGNITIVO

O AVC pode levar ao declínio cognitivo, e é ainda mais comum depois de um AVC recorrente. O declínio cognitivo também ocorre após AVCs subclínicos recorrentes que muitas vezes não são diagnosticados devido a ausência dos sintomas clássicos de AVC. No entanto, eles causam muitos danos e reduzem a capacidade mental dos pacientes.

ESPASTICIDADE

A lesão cerebral por AVC por vezes causa contração involuntária dos músculos paralisados depois de tentar mover um membro. Isso causa endurecimento e tensão. Os músculos contraídos, muitas vezes congelam as articulações da mão e do braço permanentemente em uma posição anormal e muitas vezes dolorosa. Quando um músculo não pode completar a sua gama completa de movimentos, os tendões e tecidos moles circundantes podem tornar-se endurecidos. Isso torna o alongamento muscular muito mais difícil.
A espasticidade no braço pode tornar o punho endurecido, o cotovelo dobrado e o braço pressionado contra o peito. Isso pode interferir seriamente com a capacidade de um sobrevivente de AVC realizar atividades diárias como vestir-se. A espasticidade na perna pode causar um joelho rígido, um pé desviado e os dedos contraídos.
Todas essas doenças podem ser diagnosticadas e existem tratamentos disponíveis para a maioria deles.




Grupo AVC Luta Diária 

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Maria Domingas Almeida Sofri um AVC isquémico em fevereiro de 2017. Fiquei sem poder falar, tendo recuperado a fala progressivamente nas semanas subsequentes, e com hemiparesia do lado direito. Numa ressonância magnética posterior foram diagnosticados 2 aneurismas cerebrais e fui submetida a uma cirurgia (craniotomia) em junho de 2018. Em agosto deste ano sofri uma repetição de AVC. Tudo isto aconteceu repentinamente após uma vida muito ativa, parada abruptamente, tendo ficado presa a uma cadeira, com mobilidade apenas com o auxilio de uma pessoa. Felizmente posso contar com o apoio e auxilio da minha família e amigos. O meu marido é o meu cuidador e dedica a sua vida totalmente ao meu bem-estar. Faço fisioterapia diária e não desisto de lutar pela minha recuperação. O que nos resta nestes casos é tentar, ainda que difícil, ser optimistas, resilientes, perseverantes e não deixar de acreditar no futuro. Obrigada por me lerem e espero poder contribuir para dar força aos que dela precisam. Devemos ser solidários. 









Cris Fonseca Meu nome é Cristiane, estou no grupo pelo meu pai que sofreu um AVC isquêmico no dia 23/03/2018. Ele já estava recuperando bem, iniciando no andador, mas no dia 09/08/2018 ele teve convulsões em casa, precisou ser hospitalizado novamente e regrediu tudo que já havia recuperado. Estamos começando do zero com muita fé em Deus! Esta foto mostra a diferença do antes e depois do AVC em apenas 6 meses. Espero vê-lo bem e recuperado em breve.




Jose Carlos Almeida Este sou eu o Zé Carlos,a quem deu um AVC vai a caminho dos 3 anos,fiquei como morto (diz a minha família,porque eu não me lembro.Passado este tempo tenho vindo a recuperar,fisicamente estou a 100%,a orientação é que está um pouco mal







Carina Streda Sofri AVC isquêmico em julho de 2018, com suspeita de embolia pulmonar e tive tromboflebite. Fiquei uma semana internada. Descobri que tenho dois tipos genéticos de trombofilia. Fiquei com sequelas na visão periférica do lado direito, perdi 50% do campo de visão dos dois olhos no mesmo lado. Fazem 6 meses e minha visão já melhorou muito. Fiquei 20 dias afastada das atividades pois o pulmão doía muito mas hoje já retomei minhas atividades sem nenhuma limitação. Super adaptada a visão. Sou grata a Deus por tudo que ainda tenho.










Frio diminui a velocidade das reações

Como o corpo controla a temperatura do cérebro:
a temperatura blindagem efeito do fluxo sanguíneo cerebral





Tentativas para resfriar o cérebro para reduzir danos  

causados ​​por traumatismo craniano AVC e outros 

podem ter de enfrentar um obstáculo significativo: 

dispositivos de resfriamento atual não pode penetrar profundamente no cérebro.

Cientistas da Washington University School of Medicine, em St. Louis , utilizou ratos para validar um "frio blindagem" efeito do fluxo de sangue que anteriormente previsto teoricamente. O efeito de blindagem, criado por grandes quantidades de sangue quente que continuamente perfundir tecido cerebral, impede uma queda nas temperaturas em torno da cabeça de penetrar além de uma certa profundidade no cérebro.
Muitos ensaios clínicos em curso tentar reduzir a temperatura do cérebro através de unidades de refrigeração incorporadas chapéus ou outros dispositivos que rodeiam a cabeça. No entanto, as novas descobertas, publicado em linha este mês no Journal of Applied Physiology, sugerem, na maioria dos pacientes tais técnicas não será capaz de derrotar a regulação da temperatura natural construído para o cérebro através do sistema sanguíneo.
"Nos seres humanos adultos, o comprimento característico que esse tipo de assalto frio parece penetrar é de aproximadamente um décimo de um centímetro, deixando a temperatura de cerca de 6 centímetros de tecido cerebral inalterado", diz o autor sênior Dmitriy Yablonskiy, Ph.D., professor de radiologia da Faculdade de Medicina e da Física em Artes e Ciências. "Nossas descobertas sugerem que a razão ensaios deste tipo, até agora, produziu resultados inconsistentes é porque não estamos de resfriamento suficiente do cérebro."
A quantidade de sangue que flui através dos tecidos do cérebro determina a extensão do efeito de blindagem. Crianças, bebês e recém-nascidos em particular, têm cérebros menores, com fluxo de sangue mais baixa e podem ser mais suscetíveis a uma unidade de resfriamento em torno da cabeça. Mas para outros pacientes, Yablonskiy afirma, uma abordagem diferente é necessária.
Frio diminui a velocidade das reações químicas, potencialmente retardar as reações que causam danos permanentes em pacientes com traumatismo craniano acidente vascular cerebral e outros. Tentativas para criar esse efeito em animais foram bem sucedidos o suficiente para inspirar os esforços para adaptar a abordagem para testes em humanos.
"O problema foi que não temos idéia do que a temperatura do cérebro humano é e não há maneira de medir o curto da cirurgia, que só não é o mesmo que medir a temperatura em um cérebro intacto", explica Yablonskiy, que também é professor adjunto da física na Escola de Artes e Ciências.
Alex Sukstanskii, Ph.D., um cientista de pesquisa sênior no laboratório Yablonskiy, usado matemática e física para desenvolver uma teoria de como seria muito frio penetrar no cérebro. Sukstanskii e seus colegas a hipótese de que o fluido de cabelo, ossos, pele e cérebro-espinhal que envolve o cérebro não seria substancialmente impedir a penetração do frio. Mas eles achavam que os volumes enormes de sangue que flui através do cérebro iria provar muito mais resistente. Enquanto o cérebro representa apenas cerca de 2 por cento da massa do corpo, ele usa 20 por cento do consumo de oxigênio total, todos os quais é entregue pelo fluxo sanguíneo.
As reações químicas entre as células cerebrais que sustentam o pensamento também são geradores de significativa de calor. Yablonskiy tem especulado anteriormente que o fluxo sanguíneo pode aumentar para áreas ativas do cérebro, em parte, para levar esse calor.
Teoria Sukstanskii, publicado em 2004, sugeriu que a distância a que o frio pode chegar ao cérebro, o que eles chamaram o comprimento característico, caíram como a quantidade de sangue que flui no cérebro aumentado.
"Matematicamente falando, o comprimento característico é inversamente proporcional à raiz quadrada do fluxo de sangue", diz Yablonskiy.
Para validar a teoria, o autor Mingming Zhu, um assistente de pesquisa de pós-graduação, inserido minúsculos dispositivos de medição da temperatura conhecido como termopares em cérebros de ratos e temperatura dos tecidos cerebrais medidos em várias profundidades.
Em um segundo grupo de ratos, Zhu utilizado microesferas, bolinhas de poliestireno marcado com isótopos radioativos, para avaliar o fluxo sanguíneo. Ele injetou as microesferas, que foram grandes o suficiente para ficar preso nos capilares do cérebro, nos corações do rato. Ele então contou o número de microesferas em regiões chave do cérebro para avaliar o fluxo sanguíneo.
Combinando um inventário detalhado das características fisiológicas entre os dois grupos de ratos, incluindo freqüência cardíaca, pressão arterial, pH e concentração de oxigênio e dióxido de carbono, Zhu poderia estimar o fluxo sanguíneo cerebral no grupo cujo cérebro tinha temperaturas avaliadas. Seus resultados estreitamente alinhados as previsões da teoria da Sukstankii.
"Agora que sabemos a nossa teoria é válida, podemos usar o que sabemos sobre o fluxo de sangue em vários tipos de pacientes, calcular o comprimento característico de este escudo frio e fazer previsões sobre o que a distribuição de temperatura no cérebro como será", Yablonskiy diz.
"Nós agora também entender por que tentativas de usar a hipotermia para o tratamento de lesão cerebral em ratos foram encorajadores", acrescenta. "Os ratos têm mais rápido metabolismo e maior fluxo de sangue, tornando o seu comprimento característico blindagem proporcionalmente menor. Mas o cérebro de rato que já está muito menor que isso ainda deixa espaço para o resfriamento de penetrar em todo o seu cérebro."
Yablonskiy e colegas, incluindo o co-autor Joseph Ackerman JH, Ph.D., do William Greenleaf Eliot Professor e cadeira de química na Escola de Artes e Ciências, tem vindo a desenvolver uma maneira de usar unidades de ressonância magnética para avaliar a temperatura não-invasiva no cérebro humano. Yablonskiy, Ackerman, que também é professor de radiologia e professor de pesquisa da química na medicina, e seus colegas esperam aplicar esta abordagem em breve para continuar a validar suas teorias.
Yablonskiy antecipa que seu grupo de pesquisa terá outras oportunidades para ajudar a afinar as tentativas de usar a hipotermia para reduzir a lesão cerebral. Ele observa que outras abordagens para induzir hipotermia actualmente em estudo incluem resfriamento do corpo inteiro de uma vez e inserção de dispositivos de resfriamento nas artérias que fornecem sangue ao cérebro.
Source:

https://www.news-medical.net/news/2006/08/04/2/Portuguese.aspx

domingo, 27 de janeiro de 2019

Pernas cansadas: conheça as causas e saiba como tratar

A sensação de pernas cansadas, que aparece geralmente no final do dia, pode ter diversas causas, entre elas excesso de esforço físico ou mesmo algumas doenças como, por exemplo, a fibromialgia. Porém, o mais comum é que este sintoma seja resultado de má circulação na região.
As dores nas pernas causadas por problemas vasculares podem ter basicamente dois motivos: circulação arterial deficiente ou problema no retorno do sangue venoso (a volta do sangue da periferia do corpo até o coração).
Quando há uma deficiência na circulação arterial, o principal sintoma é cãibra nas pernas, principalmente durante a prática de exercícios físicos. Já quando o problema é venoso, a sensação de peso, cansaço e pernas inchadas é comum. Às vezes, também ocorre formigamento ou dormência devido ao inchaço.
Alguns maus hábitos podem causar e agravar os problemas de circulação na região das pernas. De acordo com o cirurgião vascular Raimundo dos Santos, da Rede de Hospitais São Camilo, indivíduos que trabalham ou permanecem em pé ou sentados, na mesma posição, durante longas horas têm mais tendência a desenvolver o problema.
"Algumas pessoas que trabalham na mesma posição por muito tempo desenvolvem varizes nas pernas e testemunham dores, inchaços e a sensação de cansaço, que evoluem gradativamente ao longo do dia. Em geral, associado ao uso de meias elásticas de compressão e medicamentos específicos, essas pessoas devem realizar pausas compensatórias a cada duas horas, mudando de posição ou realizando caminhada curta, de no máximo cinco minutos", explica o médico.
O cirurgião vascular Sergio Belczak, especialista em angiorradiologia e cirurgia endovascular do Instituto Belczak de Cirurgia Vascular e Endovascular, acrescenta que sobrepeso e sedentarismo também são fatores que agravam o problema, pois prejudicam o funcionamento adequado da circulação. Ele ressalta que, além do uso da meia de compressão prescrita pelo médico, a prática regular de atividades físicas é muito importante.
Em casos mais graves, a má circulação pode causar problemas de varizes e obstrução das artérias das pernas, o que pode ocorrer principalmente em decorrência do tabagismo. Portanto, abandonar o cigarro é essencial.

Opções de tratamentos

"O tratamento pode ser clínico, com medidas que combatam a estase venosa (quando a velocidade da circulação do sangue diminui) englobando perda de peso, realização de atividade física regular supervisionada e utilização de meias elásticas de compressão graduada.
Além disso, o uso de medicação específica para tratamento de doenças venosas crônicas (flebotônicos) e a escleroterapia podem ser necessários", esclarece o médico angiologista Marcos Arêas Marques, da Unidade Docente Assistencial do Hospital Universitário Pedro Ernesto e membro do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Ele completa explicando que o tratamento cirúrgico pode ser indicado em alguns casos.
O uso de medicamentos fitoterápicos específicos para melhorar a circulação do sangue também pode ajudar no tratamento e na prevenção de problemas circulatórios.
"Muitos pacientes sentem alívio com a utilização de fitoterápicos. Para este fim, há formulações prescritas, tanto via oral quanto cremes tópicos. São possíveis componentes destas fórmulas a castanha da índia, rutina, arnica, centelha asiática, entre diversos outros fitoterápicos", diz Sérgio Belczak.
A professora de Farmácia das Faculdades Oswaldo Cruz Nilsa Wadt, doutora em Fármacos e Medicamentos pela Universidade de São Paulo, explica que existem vários fitoterápicos que podem ser utilizados para a melhoria da circulação sanguínea periférica, auxiliando em casos de varizes e dores nas extremidades.
"Muitos medicamentos fitoterápicos têm propriedades que aumentam a resistência vascular, fazendo com que os vasos retomem a elasticidade anterior, possibilitando o retorno venoso adequado. Há também os que impedem a formação de trombos, auxiliando a circulação no geral", esclarece Nilsa.
A professora alerta, porém, que fitoterápicos podem ter efeitos colaterais e ressalta a importância do profissional da saúde no tratamento do problema: "O acompanhamento médico é essencial nos casos de sensação de 'pernas cansadas', pois o diagnóstico da patologia correta é muito importante, visto que para cada doença há uma indicação de fitoterápico", afirma.
Raimundo Santos também reforça a importância de se consultar um especialista para determinar as causas exatas do sintoma de pernas cansadas.
"Se a pessoa estiver apresentando muitos sintomas, é necessário buscar a opinião de um especialista, como um cirurgião vascular, para a avaliação completa da circulação e determinação da necessidade de algum tratamento clínico ou cirúrgico", aconselha o cirurgião vascular.